A ascensão do arrivismo – transformando pontos de exclamação em pontos de inflexão


colocando-nos a beira do precipício, e o preço do retorno é sempre muito alto, mas como nós (Humanidade) só somos bons e efetivos nos extremos, quando estamos quase a cair no abismo,
A quem pertence “o dedo da mão que aperta o botão”? [um percurso essencialista]


Não obstante transcorrer-se em intimidadoras quatro horas e vinte minutos de duração, o longa-metragem “Luz Nos Trópicos” (2020, de Paula Gaitán) revela-se como um dos mais importantes filmes brasileiros do ano. Ele aborda algumas contradições da sociedade brasileira – e mundial – de maneira poética e desafiadora, sendo uma espécie de derivação mais sensorial e panteísta do clássico “A Idade da Terra” (1980, de Glauber Rocha). Como a realizadora foi casada com o polêmico cinemanovista, esta associação não é nada casual, visto que ela participou diretamente das filmagens e foi diretora de arte do filme em pauta.