18 de Maio: para não esquecer Araceli

Aracelli era uma miúda meiga, doce, de oito anos. Tinha olhos e cabelos negros. O pai a chamava de Princesa. Trazia sempre a roupa limpa e em ordem. Os sapatos engraxados. Cadernos e livros encapados e pasta lustrosa. Fazia o mesmo trajeto de casa para a escola e da escola para a casa. Até que um dia não voltou mais.

O mundo exposto: como entender a sociedade da transparência

Tenho acompanhado os ensaios do filósofo sul coreano Byung-Chul Han. Fiz uma leitura atenta e prazerosa do seu livro “A Sociedade da Transparência”, que trato nesse artigo. Comecei a mergulhar no seu universo pelo livro “A Agonia de Eros” e depois fui para “Sociedade do Cansaço” e, por último, “No enxame – perspectivas do digital”. […]

Quantas mãos são necessárias para preservar uma vida em confinamento?

A privação severa de contato humano presencial ou o convívio forçado com agressores acentua as mazelas da depressão, cujos efeitos tornam-se devastadores durante o período em que é fortemente recomendado não sair às ruas. E é nesse contexto que o elogiado filme espanhol “A Trincheira Infinita” (2019) é aqui sugerido.