De quando um filme português salva a vida do espectador


Extremamente autoral em cada minúcia, “Vitalina Varela” surge como a demonstração cuidadosa do estilo sumamente autoral do lisboeta Pedro Costa, um dos cineastas mais elogiados da década por seus méritos intrinsecamente cinefílicos. Mas há algo que transcende a própria magnificência da Sétima Arte neste filme: além de ser uma poderosa declaração de amor ao próximo e de requisitar uma função ressignificada da religião na contemporaneidade, é um manifesto em prol dos trabalhadores pobres (e imigrantes).
